Santiago e o Mar - o autor revisita o cl ssico "O Velho e o Mar" com tra os do imagin rio e sutilezas de hist ria. Apaixonado pelos recursos ilimitados da narrativa dependente dos instantes da leitura, Peaz tenta o limite da s ntese para explorar ao m ximo os sil ncios do texto...
O t tulo de imediato inegavelmente nos remete ao cl ssico de Hemingway, evidente at pelos personagens centrais a inspira o para esta novela. E, se na famosa obra h men es de DiMaggio e outros atores hist ricos da vida real, "Santiago e o Mar" utiliza Guantanamera, Jos Mart e Alekos Panagoulis para contextualizar por ngulos universais inusitados, tais como o medo, a liberdade, o desejo, a adapta o et ria e cultural.
Sem negar a sua paix o pelo mar, barcos de madeira e velejar, Lu s Peaz constr i dois personagens, embora muito diferentes, interligados e t o simpl rios quanto inspiradores, independentemente dos ambientes em que vivenciam suas experi ncias...
Uma peculiaridade em "Santiago e o Mar" s o os riscos que o autor imp e a si mesmo, vencendo os limites da narrativa livre, intransigente com a formalidade gramatical dado o perfil das personagens. Outras mat rias-primas para Santiago e o Mar foram naturalmente extra das - energia no fio condutor - do contato profundo com a obra e vida de Ernest Hemingway, de quem Peaz traduziu "Por Quem os Sinos Dobram". Para al m disso, o autor produziu uma vers o exclusiva do Pr mio Pulitzer (1953) e Nobel de Literatura (1954) "The Old Man and the Sea" ( ltima obra de Hemingway) com ilustra es de Gustave Dor , para presentear aos roteiristas do filme "Hemingway & Fuentes" (em produ o) Hilary Hemingway (sobrinha de EH) e o ator e diretor Andy Garcia, para os quais Peaz colaborou com informa es para a produ o do barco que "O Velho" utiliza no filme.
Essas experi ncias n o teriam sido poss veis, entretanto, e n o teriam impregnado "Santiago e o Mar" com realismos e detalhes t o ricos, se n o fosse a aventura que o autor e sua esposa empreenderam juntos, de construirem com as pr prias m os um veleiro de madeira com 10 metros, na Austr lia, sem quaisquer conhecimentos e pr ticas anteriores de constru o naval, e velejado nos mares da Tasm nia, Corais, Carpentaria, Arafura e Timor, sem nunca terem velejado antes, movidos pelo sonho de viver num veleiro. Subsequentemente Peaz construiu, e continua estimulado a construir, v rios exemplares do cl ssico Herreshoff 11-1/2 p s, Columbia, considerado obra-prima da arquitetura naval que passou a influenciar a constru o de barcos vela at hoje. Uma das r plicas constru das foi exibida no Wooden Boat Festival de Port Townsend, USA, onde Lu s Peaz foi nomeado C nsul Brasileiro da Wooden Boat Foundation & Northwest Maritime Center. nico brasileiro a participar daquele emblem tico evento n utico, considerado o Woodstock dos barcos de madeira.
Mas a for a motora definitiva para empreender uma novela t o curtinha quanto impressionantemente densa mesmo a rela o do autor com o "livro" enquanto objeto, "arqu tipo reposit rio do conhecimento humano que pode passar de m o em m o de um modo singular e insuper vel" - assim que Peaz prefere descrever o que para ele "o livro", quando perguntado como a sua rela o com os livros. - Bibli filo e "rato de sebos" confesso, assim como viajante, viveu nos Estados Unidos, Austr lia, Brasil onde nasceu (Rio Grande Sul) e, no momento desta publica o, em Portugal.
pois com tal paix o incontida que Lu s Peaz criou, primeiro em ingl s (2016) "Santiago and the Sea" e traduz ele mesmo "Santiago e o Mar" (2023).