Quem é você em New York 2: Volume 2 [Portuguese]

by Davilmar Santos

Quando disse, em uma roda de amigos, que meu pr ximo livro seria de entrevistas com brasileiros que vivem em New York, algu m perguntou: "Por que um livro de entrevistas?" e, logo em seguida, "Por que com brasileiros?"Entre as perguntas feitas naquela noite e minhas respostas, devem ter passado algo como tr s segundos. O tempo suficiente para colocar o copo sobre a mesa e me ver, em uma manh de junho de 1969, no Rio de Janeiro, folheando a edi o da revista Veja que trazia, pela primeira vez, a c lebre se o das p ginas amarelas. "Quem voc , Nelson Rodrigues?" era a primeira pergunta daquela entrevista com o famoso escritor, jornalista, dramaturgo e comentarista de futebol. Foi a primeira vez que li uma entrevista naquele formato. At a primeira d cada da minha inf ncia o r dio, com suas baterias enormes, ocupava lugar de destaque na maioria dos lares. Os anos seguintes registraram a presen a, cada vez maior, da televis o em nossa cultura. Desse modo, pude acompanhar, em 1969, o pouso do primeiro homem na lua e, nos anos 80, o surgimento do primeiro programa de entrevistas, Canal Livre, que foi apresentado pela TV Bandeirantes. Como a televis o brasileira, eu estava com 30 anos de idade. Ambos nascemos no mesmo mes e ano, mas nunca tivemos muita afinidade.O que quero ressaltar que, o formato de entrevistas introduzido pela revista Veja em suas p ginas amarelas, me acertou em cheio. E como se n o bastasse, duas ou tr s semanas depois, tive um encontro marcado com o maior fen meno da imprensa alternativa brasileira: O Pasquim. Devo ter sido um dos primeiros leitores a ter nas m os aquela edi o #1. Eu trabalhava durante a noite e, quando largava o expediente, pela madrugada, tinha o h bito de dar uma parada na banca de revistas. Foi quando v aquela pilha de jornais com a foto do colunista social Ibrahim Sued e, de quebra, a musa do nosso cinema, Odete Lara, prometendo contar tudo sobre o Festival de Cannes daquele ano. O estilo irreverente das entrevistas feitas pela patota do Pasquim - a equipe do jornal era chamada assim mesmo - quebrava todos os protocolos existentes at aquele momento. Voc come ava a leitura e j se via no meio daquele bate-papo regado a cerveja e whisky. Aquilo parecia mais uma festa do que uma se o de trabalho. Diferentemente do dito popular sobre um famoso jornal carioca, "Se torcer, sai sangue", torcendo O Pasquim, com certeza, sairia Scotch, e dos bons. Da pr frente, passei a me interessar mais por este g nero liter rio, e nada escapava. Passava as tardes enfurnado na biblioteca lendo Playboy, Ele & Ela e Status e outras publica es que tivessem entrevistas. Atualmente, The Paris Review Interviews a minha leitura favorita. Quanto a primeira pergunta do in cio desta introdu o, eu diria que, al m de ser um dos g neros liter rios de minha prefer ncia, perguntar e responder a maneira mais original de dar in cio a um relacionamento. Passando para a segunda pergunta, cada um de n s que vive fora do Brasil, passou por uma experi ncia nica de adapta o a uma cultura diferente daquela do nosso pa s de origem. O que nos faz lembrar, numa alus o hist rica, dos israelitas vivendo no Egito, antes de retomarem sua caminhada em dire o terra prometida. As entrevistas que fazem parte deste livro, nos falam de brasileiros que, por uma raz o ou outra, tomaram a decis o de deixar a "zona de conforto" em que viviam e partiram em busca de um futuro melhor. S o pessoas como eu e, talvez voc , que ao entrarem neste pa s, viram-se na conting ncia de abra ar profiss es diferentes daquelas que exerciam e, n o raro, tornaram-se empreendedores e profissionais liberais bem sucedidos. O objetivo deste trabalho levar a voc a mensagem de f e confian a de cada um deles, atrav s do relato simples de suas experi ncias de vida.

• Format: Paperback
• Language: Portuguese
• ISBN: 1795857048
• ISBN13: 9781795857048
• Release Date: June 2019
• Publisher: Independently Published
• Length: 126 Pages
• Weight: 0.32 lbs.
• Dimensions: 0.3" x 5.0" x 8.0"