Al?m do caos econ?mico e pol?tico, da falta de iniciativas s?rias para a educa??o, para a sa?de e outros servi?os b?sicos neste pa?s, onde muitos ainda se beneficiam das desigualdades sociais, estar no meio de uma crise sanit?ria, completamente ? deriva, sem o menor sinal de vontade pol?tica de solu??o por parte de quem tem (ou deveria ter) compet?ncia para isso, serviu de estopim para a escrita desta obra de Everton Vieira. Assim, atrav?s da arte, o autor canaliza a insatisfa??o de muitas pessoas, transformando-a em poesia cr?tica, ir?nica e, ?s vezes, sat?rica, como quem faz reciclagem com as palavras, alegrias e tristezas de um dos per?odos mais obscuros de nossa hist?ria, mas na esperan?a de tempos melhores para o Brasil. Embora seja esta a sua primeira publica??o oficial, Everton Vieira escreve desde a inf?ncia, quando aprendeu com a m?e, tamb?m professora, a utilizar esta, dentre outras v?lvulas de escape, para lidar com a vida em todas as suas nuances, aprendendo cedo a n?o ter vergonha de se ser, a n?o se omitir diante de injusti?as sociais, prepot?ncia, tramoias, sacanagens e afins. O poeta, embora escreva tamb?m em prosa, ? ainda desenhista, artista pl?stico autodidata, professor de L?ngua Portuguesa, L?ngua Inglesa e Literatura, revisor de textos, enfim, s? mais um dos tantos brasileiros que se inventam e reinventam no dia a dia para sobreviver e viver em meio a tanta desigualdade.